Em um
bate papo interessante com assuntos polêmicos com a atleta de vôlei transexual
Cláudia Andrade, a jogadora esclareceu dúvidas sobre o seu caso.
Claudia é uma jogadora de vôlei
transexual de 36 anos, morou na Itália, na cidade Roma, durante muitos anos em
sua vida, e por motivos familiares voltou ao Brasil onde está atualmente
passando uma temporada. Apaixonada por vôlei, Cláudia jogava em um time pequeno
na cidade de Roma, onde era vista como a brasileira baixinha por suas amigas de
times e adversárias. No Brasil se deparou com uma triste realidade, em maio na
Bahia foi impedida de jogar um torneio na cidade Coaraci, pelo fato de ser
transexual, a atleta conta que fez uma denúncia na delegacia e processou os
responsáveis por crimes de racismo, injúria racial e difamação. Após todo o
constrangimento que passou a jogadora diz ter pensado imediatamente em voltar
para a Europa. Em conversa como nosso blog, Cláudia comentou o motivo de querer
ir embora: “Nunca pensei em sofrer uma humilhação pública de tal tamanho no meu
país, fiz tratamentos psicoterapêutico devido ao trauma sofrido”, conta a
atleta.
A atleta se destaca nos campeonatos devido à
sua técnica e experiência no voleibol, adquirido aos longos anos de partidas,
sempre muito admirada pelo público que a ver jogar e sempre muito requisitada
por times de outras cidades. Ela diz ter intenções em permanecer por um longo
período no Brasil. Perguntamos também em qual jogadora ela se inspira, e ela respondeu:
“Jaqueline, a camisa número 8 da seleção, pois Jaque é uma jogadora de ponta, a
posição que gosto de jogar, e sempre admirei a técnica da jogadora”.
A notícia boa, é que a atleta
procurou os seus direitos cíveis, e todas as pessoas que a fizeram ser
humilhada, irão pagar pelas suas atitudes preconceituosas. Além disso, a
jogadora irá continuar disputando torneios.
O COI (Comitê olímpico internacional liberou a presença de atletas transexuais até mesmo em olimpíadas,e não são necessárias cirurgia de transgenitalização e para garantir uma competição justa as atletas transexuais, tem que manter o nível de testosterona (hormônio masculino) abaixo de 10nmol/l no sangue.
O blog Ataque & Defesa
agradece a Cláudia Andrade pela entrevista e deseja toda sorte do mundo na sua
carreira.
E essa reportagem, marca a volta do nosso blog.
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